terça-feira, 27 de maio de 2014

Vendas reais crescem apesar de campanha negativa na mídia conservadora

Economia

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, as vendas reais dos supermercados mostraram avanço de 2,05% sobre um ano antes.

Por Redação - CB
O Índice de Confiança do Comércio caiu
apesar do aumento real nas vendas
Apesar do desânimo apresentado no Índice de Confiança do Comércio (Icom), que sofre interferência direta do noticiário negativo promovido pela mídia conservadora, há meses, as vendas reais dos supermercados brasileiros subiram 10,29% em abril sobre igual período do ano passado, divulgou a associação que representa o setor, Abras, nesta terça-feira. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, as vendas reais dos supermercados mostraram avanço de 2,05% sobre um ano antes.
Apesar disso, o Icom caiu 4,4% na média do trimestre encerrado em maio frente ao mesmo período do ano anterior, ao passar para 117,4 pontos, menor nível da série histórica, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). No resultado anterior, referente ao período de três meses findos em abril, houve queda de 3,1%.
“Com o resultado, os indicadores da Sondagem do Comércio sugerem arrefecimento do nível de atividade econômica do setor no segundo trimestre”, disse a FGV, no relatório.
O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 7,2% no período de três meses até maio ante o mesmo período do ano passado, para 90,0 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) teve recuo de 2,6%, para 144,7 pontos. O setor de Varejo Restrito caiu 1,7% no trimestre concluído em maio na comparação com o mesmo período do ano passado.
A FGV informou ainda que no Varejo Ampliado, que inclui também veículos, motos e peças e material para construção, a confiança recuou 4,6%, enquanto no Atacado houve queda de 4,1% no trimestre até maio. A confiança tanto de agentes econômicos quanto de consumidores tem mostrado dificuldades em se recuperar neste ano, diante da economia que perdeu fôlego ao longo dos três primeiros meses, de acordo com dados do Banco Central.
As atenções voltam-se agora para a divulgação na sexta-feira do dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Inadimplência cresce
Os pagamentos em atraso há mais de 90 dias aumentaram 1,1% em abril sobre março e 2,7% na comparação com o mesmo mês de 2013, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. No acumulado desde o começo do ano até abril, ocorreu expansão de 6,2%. Em igual período do ano passado, a variação ficou em 2%.
Os economistas da Serasa Experian atribuíram esse resultado à redução da atividade econômica e à pressão exercida pela folha de pagamento das empresas diante dos reajustes salariais, além do custo mais elevado do capital de giro por causa das sucessivas altas na taxa básica de juros, a Selic.
As dificuldades foram maiores em relação às dívidas bancárias com crescimento de 3,1%, mas com valor médio em queda de 4,3%, no quadrimestre, passando de R$ 5.245,09 para R$ 5.017,3.
Já as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água) tiveram variação de 2,7%. O valor médio nos primeiros quatro meses do ano aumentou 6,8% atingindo R$ 858,13, ante R$ 803,46 em igual período do ano passado.
A emissão de cheques sem fundos também cresceu, porém, em ritmo menor com taxa de 0,4% e valor médio bem abaixo do acumulado de janeiro a abril do ano passado, com recuo de 18% – ao passar de R$ 2.684,65 para R$ 2.201,37.
Fonte - Correio do Brasil  27/05/2014

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