PALESTINA

ENTENDA O QUE FOI A NAKBA, A CATÁSTROFE DO POVO PALESTINO - Link para a matéria da Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/entenda-o-que-foi-nakba-catastrofe-do-povo-palestino

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Ferrovias tentam recuperar atraso

Transportes sobre trilhos

Estudo feito pela associação aponta que a movimentação de cargas pelas concessionárias de ferrovias foi 1,8% maior em 2013 em comparação com o ano anterior.

Valor Econômico/Abifer
foto - ilustração
Depois de décadas paralisado, o setor ferroviário engata a primeira e acelera para compensar o atraso. Os sinais indicam que as promessas serão cumpridas nos prazos. Os 11 mil quilômetros de construção e melhoramento de ferrovias previstos pelo Programa de Investimentos em Logística (PIL) devem entrar em operação comercial em 2022. As obras, que envolvem 12 ferrovias, estão sendo tocadas com investimentos de R$ 99,6 bilhões. A confiança de que os prazos serão cumpridos foi anunciada pela Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut) durante o painel Expansão do Modal Ferroviário, no seminário Semana da Infraestrutura, realizado pela Fiesp, entre os dias 19 e 22 de maio.
Nos últimos dois anos, a malha ferroviária brasileira recebeu investimentos de R$ 4,67 bilhões para a modernização do sistema e é esperado que os concessionários manterão um patamar de investimentos de R$ 5 bilhões por ano. "O entendimento dos nossos concessionários é de que o investimento vai continuar entre R$ 5 bilhões e R$ 5,5 bilhões. É uma declaração notória de que o setor continua acreditando nas ações que vêm pela frente", afirmou Rodrigo Vilaça, presidente-executivo da Associação Nacional dos Transportes Ferroviários (ANTF).
Estudo feito pela associação aponta que a movimentação de cargas pelas concessionárias de ferrovias foi 1,8% maior em 2013 em comparação com o ano anterior. O volume transportado também aumentou de 481 milhões de toneladas úteis para 490 milhões no mesmo período. "Os principais produtos transportados foram minério de ferro e carvão, com 75,71% da movimentação, seguidos pelo agronegócio, responsável por 14,86% do volume movimentado", acrescenta. Outro dado apontado pela associação e que embasa a corrida do setor está focado na produção ferroviária que, embora registrando apenas um ligeiro aumento, fechou 2013 positivo, passando de 297,8 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU) em 2012 para 301 bilhões de TKU no ano passado. "A movimentação de cargas cresceu 93,4% tomando como base 1997 em comparação ao ano passado e, no mesmo período, os investimentos foram de apenas R$ 39,7 bilhões", diz. Pelas contas de Vilaça, o setor ferroviário gastou, em média, R$ 3,5 bilhões por ano em concessões, arrendamento, investimentos e tributos ao longo dos últimos 16 anos.
Para Luiz Henrique Baldez, presidente da Anut, que também participou do painel, os consumidores de transporte de carga sobre ferrovia estão otimistas e acreditam que dentro de oito anos a radiografia da ferrovia mostrará um grande avanço. Em 2014 deve ser iniciado o processo licitatório, com os primeiros contratos dos trechos a serem construídos, que devem ser iniciados apenas no ano que vem. A conclusão ainda demora. "Os planos do programa de investimentos só vão existir fisicamente nos anos 2020. Não tem como fazer uma ferrovia de 2 mil quilômetros em dois, três anos", afirmou.
Para o ano que vem são esperados avanços nos passos técnicos e institucionais após a realização e aprovação do marco regulatório em 2014. Com a aprovação de órgãos regulatórios e assinatura dos contratos de concessão em 2015, as obras devem começar no ano seguinte, com duração prevista entre três e quatro anos. "Este é um tempo médio que o setor privado constrói ferrovias deste porte", afirmou. Baldez também sugeriu a adoção mais efetiva de revisão dos tetos tarifários para os usuários do setor por meio dos marcos regulatórios. "A revisão tarifária tem de ser um processo com o qual a gente se acostume", afirmou. "Também estou propondo que nós usuários participemos do processo de fiscalização da ANTT porque são os usuários que sabem onde o calo está doendo", acrescentou.
O presidente da Anut aproveitou a oportunidade para apontar deficiências do setor logístico no Brasil e criticar os órgãos governamentais que, do seu ponto de vista, são inoperantes. "Não se tem claro qual a missão de cada órgão, de cada agência reguladora. Nesse momento, o que o país precisa é se organizar. É necessários minimizar os riscos para o empresariado que faz investimentos de longo prazo. Queremos mais capacidade ofertada ao mercado para atender as necessidades do setor", declarou. O executivo entende que 2014 será um ano de preparação de toda base e processos regulatórios para viabilizar a operação dos novos trechos em 2022. "É preciso que a agenda regulatória prioritária esteja fechada até o final deste ano para não termos problemas", acrescentou.
O economista Bernardo Figueiredo afirmou que não há mais dúvida entre os diversos setores econômicos e autoridades do governo de que o país precisa de ferrovias. O que falta definir é para que o país precisa recuperar e ampliar sua malha ferroviária. "Agora tem que discutir o seguinte: estou fazendo ferrovia para quê? Às vezes se discutem modelos e se esquece por que está fazendo", disse. "O país precisa de ferrovia integrada". Para Figueiredo, que foi presidente da Empresa de Planejamento Logístico (EPL), "não adianta construir uma cortina de fumaça cheia de estatística e valor de investimento ou ficar tentando defender projetos inconsistentes. Temos que admitir o seguinte: não temos ferrovia nesse país". "O que temos não serve. Se tirar o minério das estatísticas, não sobra nada", completou. Do seu ponto de vista, uma licitação de ferrovia depende muito mais de um bom projeto do que da efetivação do marco regulatório. "É fato que o marco regulatório faz uma licitação andar. Mas o que conta mesmo é um projeto. Esse é o gargalo que temos de superar primeiro: nossa capacidade de produzir bons projetos", afirmou.
Alex Trevizan, gerente de Operações da Vale c Engenharia, Construções e Ferrovias SA, e que também participou do debate, acrescentou que hoje "o governo vê a Norte/Sul como uma ferrovia estruturadora à medida que ligará o país de ponta a ponta dando opções de portos para os usuários". "À medida que aumenta a concorrência o preço da tarifa diminui". resumiu.
Fonte - STEFZS  30/30/2014

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