sábado, 26 de abril de 2014

Mais de 80% dos rios estão poluídos em Salvador e causa é formação dos bairros

Meio Ambiente

Estas foram as conclusões de análises feitas por técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) apresentadas ontem durante o seminário Qualidade Ambiental dos Rios e Lagoas da Cidade de Salvador.

Noemi Flores - TB
foto - ilustração
A população não preserva os rios de uma cidade como Salvador que é naturalmente cortada por eles. E o resultado disto é lamentável: mais de 80% apresentam um índice de qualidade ambiental de ruim a péssima, com alta concentração de coliformes termotolerantes (incluído os fecais) e baixa concentração de oxigênio.
O único que apresenta índice bom é o Rio Cascão, no trecho próximo ao 19º Batalhão de Caçadores, no Cabula, segundo os técnicos, porque está dentro de uma área que ainda tem mata preservada. As lagoas de Salvador também estão menos poluídas que os rios.
Estas foram as conclusões de análises feitas por técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) apresentadas ontem durante o seminário Qualidade Ambiental dos Rios e Lagoas da Cidade de Salvador.
O coordenador de Monitoramento do Inema, Eduardo Topázio, afirmou que este trabalho tem o objetivo de avaliar a qualidade dos rios para alertar a população sobre a poluição destes rios urbanos e o cuidado que se deve ter com a água nas atitudes cotidianas, visando mudanças de comportamento para um futuro mais sustentável.
“Os resultados desse estudo confirmam que a falta de saneamento urbano e o uso ocupacional do solo de forma desordenada da cidade causam impacto diretamente na qualidade ambiental dos rios de Salvador. O exemplo disto é o Rio Cascão que apresentou resultado favorável, devido à preservação da mata ao redor”.
Topázio explica que a forma como foram originados vários bairros da cidade contribuiu para isto. “A cidade cresce, é ocupada pela população, só depois que o Estado pode entrar com a infraestrutura. Quando já estão morando na localidade é que vai ser instalada a rede de esgoto sanitário”, explicou.
Ele acrescentou que muitas vezes não há nem possibilidade de se construir uma rede de esgoto em determinados locais porque “tem lugar desordenado, com casas construídas dentro dos rios que se torna uma missão impossível a instalação de esgoto”,lamentou.
Rios analisados
Os técnicos do Inema fizeram análises preferencialmente nos trechos próximos à nascente e à foz dos seguintes rios: A Bacia do Rio Camurujipe, compreende uma das três maiores bacias do município, a foz é desviada do Costa Azul e a nascente é no bairro de Pirajá, percorre os bairros Alto do Cabrito a Pernambués. De acordo com os técnicos do Inema, lá ainda é utilizado o corpo receptivo de esgoto sanitário.
Outros rios analisados foram o Rio dos Seixos cujo percurso é do Vale do Canela ao Cristo da Barra; Rio Lucaia: Avenida Joana Angélica, Dique do Tororó, Rio Vermelho, Vasco da Gama; Bacia do Rio das Pedras (Pituaçu), com os afluentes Rio Cachoeirinho, atrás do Cabula VI e Sussuarana, Rio Saboeiro, no Saboeiro, Rio Cascão (19º Batalhão de Caçadores do Exército, no Cabula); Rio das Pedras, Paralela à Boca do Rio; Bacia Hidrográfica do Rio Passa Vaca, de Pau da Lima, São Marcos e Piatã; Rio Jaguaribe e Rio Trobogy: Águas Claras, Valéria e Castelo Branco, Piatã; Rio do Cobre: Coutos a Enseada do Cabrito; Rio Paraguari (subúrbio, Bacia do Lobato (subúrbio) e Rio Paripe (bairro mesmo nome).
Fonte - Tribuna da Bahia  26/04/2014

Comentário Pregopontocom
Como sempre a culpa é da população,e o poder público nada tem a ver com isso..!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela sua visita, ajude-nos na divulgação desse Blog
Cidadania não é só um estado de direito é também um estado de espírito