domingo, 30 de março de 2014

Obras de requalificação do Parque de Pituaçu começam segunda

Meio Ambiente

Revitalização do espaço de lazer integra medidas anunciadas pelos 465 anos de Salvador. - As intervenções incluem reforma dos 15 quilômetros de ciclovia e das quadras poliesportivas, acessibilidade para pessoas com deficiência e a construção de um muro com 1.800 metros de extensão ao redor do parque.

Luan Santos
Lúcio Távora | Ag. A TARDE
Os serviços de revitalização do Parque Metropolitano de Pituaçu começam nesta segunda-feira, 31. A ordem de serviço para o início imediato das intervenções foi assinada ontem no local pelo governador Jaques Wagner, que estimou a conclusão das obras para junho de 2015.
As intervenções incluem reforma dos 15 quilômetros de ciclovia e das quadras poliesportivas, acessibilidade para pessoas com deficiência e a construção de um muro com 1.800 metros de extensão ao redor do parque.
O investimento do governo do estado é de R$ 14 milhões. As obras serão executadas pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder).
Wagner destacou que as intervenções preveem a redefinição da poligonal da área, que será ampliada. "O parque já foi muito maior, mas governos anteriores diminuíram a área de 660 para 370 hectares. Agora, a gente está devolvendo 12 hectares para este que é um pulmão importante da cidade", ressaltou o governador.
Ele disse, ainda, que a requalificação do espaço engloba uma série de "presentes" para Salvador, que completou 465 anos ontem.
Wagner citou a implantação dos dois corredores transversais (que vão ligar a orla à BR-324 e ao subúrbio e devem ficar prontos em 2017), a entrega da Ceasinha do Rio Vermelho e o complexo de viadutos do Imbuí, que devem ficar prontos em junho.
O secretário do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, destacou que a requalificação é uma demanda antiga da comunidade do entorno e de frequentadores do parque.
Ele destacou que as obras contemplam a implantação de nova iluminação, contenção e estabilização de encostas, sistema de tratamento de esgoto e cinco pontos de apoio com sanitários ao longo da ciclovia.

Problemas
Para os frequentadores, investimentos em infraestrutura e segurança devem ser encarados como prioritários para tornar o parque um espaço de lazer mais agradável para a população.
"Muitos não vêm porque têm medo. É preciso melhorar a parte de infraestrutura, a ciclovia, os brinquedos. Afinal, somos privilegiados por ter um espaço como este, mas que, infelizmente, está abandonado", diz o gerente comercial Cláudio Moreira, 61.
O administrador David Mendes, 38 anos, que frequenta o parque desde a infância, afirma que, há pelo menos 30 anos, a degradação do espaço só aumentou. "Nada mudou, só piorou. Fazem uma reforma aqui e outra ali, uma maquiagem, mas nada melhora de fato", critica.
A atleta paralímpica de remo Ana Marta de Souza, que treina na lagoa de Pituaçu, pede mais acessibilidade: "Estamos deixando de treinar porque não temos como acessar a lagoa por causa da ausência de rampa adequada".
O governador garantiu que a construção de rampas para a lagoa vai ser uma das primeiras intervenções. Para melhorar a segurança, um sistema de câmeras será implementado na ciclovia.

Moradores reclamam de invasão na área do parque
Durante a visita de Jaques Wagner ao Parque de Pituaçu, antes da assinatura da ordem de serviço, moradores do entorno do local denunciaram uma série de invasões que estão ocorrendo no espaço.
O professor Gilberto da Silva, 43 anos, contou que há invasões de dois tipos. “Temos aquelas do chamado colarinho branco, que invadem e permanecem porque ninguém tira. E também a invasão dos mais pobres, mas esses são brutalmente expulsos pela polícia”, disse ele ao governador. “Vamos fazer uma boa reforma para melhorar”, respondeu Wagner.
Segundo o professor, cerca de 100 pessoas começaram a invadir o local na semana passada. “É preciso redefinir a área do parque e parar com as invasões”, reivindicou.
Wagner afirmou que a invasão é uma preocupação do governo. “Isso aqui não é meu, não é seu, é uma área de preservação ambiental. Por mais que seja legítima a busca de uma casa de quem não tem onde morar, eu acho que aqui não é o local apropriado para se fazer uma ocupação”.
Uma alternativa, segundo ele, é o programa Minha Casa, Minha Vida. “Estamos fazendo 200 mil unidades”, disse.
Fonte - A Tarde 30/03/2014

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