sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Turistas se queixam em Salvador da sinalização de trânsito e de ambulantes

Cidades

Foto: Francisco Galvão
A insistência dos ambulantes incomoda os turistas

Faltam alguns meses para os jogos da Copa do Mundo, mas no auge do fluxo turístico da alta estação Salvador ainda recebe críticas dos visitantes em relação a serviços e infraestrutura. Na manhã de quinta-feira (2), primeiro dia útil do ano, a Tribuna foi às ruas saber os principais pontos positivos e negativos da cidade sob a visão dos turistas.
Entre as principais queixas estão a deficiente sinalização de trânsito na cidade e dos pontos de ônibus - nunca indicando a direção e as paradas do coletivo -, as formas de atendimento nos estabelecimentos e a abordagem dos comerciantes de rua. Já os elogios ficaram a cargo do policiamento nos pontos turísticos, da beleza da parte histórica da cidade e da receptividade do soteropolitano.
Com um grupo de três amigos, o estudante João Paulo Zatoni, 23 anos, enfrentou de carro quase 1500 km que separam São Paulo de Salvador para participar da primeira festa de réveillon realizada na Praça Cayru. Encantado com o clima e as belezas naturais da capital baiana, ele estendeu a estada e circulava na manhã de ontem pelas ruas do Centro Histórico. “É uma cidade que tem uma energia muito boa. As pessoas só têm uns probleminhas que acabam afastando os visitantes”, afirmou antes de iniciar a lista de reclamações sobre a infraestrutura da cidade e sobre a forma de abordagem dos prestadores de serviço e ambulantes.
Ao lado dos colegas, ele contou os problemas encontrados para conseguir chegar aos pontos turísticos. “Desde o dia que nós chegamos encontramos dificuldade para andar de carro na cidade, mesmo nos pontos turísticos. A gente se perdeu várias vezes por conta da sinalização deficiente, isso quando havia sinalização”, contou. Sobre problemas dos pontos turísticos, o grupo apontou a má conservação de alguns espaços públicos na região do Centro Histórico.
O grupo também reclamou da falta de fiscalização em relação aos flanelinhas. “Aqui em Salvador você não para de gastar dinheiro. Todo lugar que se para tem que pagar estacionamento, até no meio da rua. E o pior é pagar e ainda se sentir ameaçado pelo carinha. Senti que algumas pessoas pensam que porque somos turistas, automaticamente temos dinheiro para gastar. Isso não é verdade”, desabafou, contando a situação que viveu ao estacionar para ir ao show na Praça Cayru, no dia da virada. Segundo João Paulo, ele e os amigos foram abordados por um homem ao estacionarem nas proximidades do Elevador Lacerda e tiveram de pagar o valor de R$ 30 sob a ameaça de terem o carro danificado. “Quando a viatura passou, o cara saiu correndo e então percebemos que ele já havia extorquido diversas pessoas”, continuou.

Infraestrutura e transporte público
Há poucos minutos em Salvador, a goiana recém- chegada do réveillon de Guarajuba Priene Bittar, 30, já tinha uma queixa formulada em relação a infraestrutura no Centro Histórico. “Como é que um cartão-postal e meio de transporte como o Elevador Lacerda não possui um banheiro fixo para quem utiliza o serviço? É um absurdo que em uma cidade turística como Salvador a gente tenha que ir a um restaurante para poder ter acesso a um banheiro”, questionou a empresária que disse ter sido informada por funcionários do Elevador Lacerda sobre onde utilizar o sanitário.
A dupla cearense Wilker Brito, 19 anos, e Tiago Albuquerque, 25, teve mais elogios do que criticas sobre a capital baiana. Hospedados na região da Avenida Tancredo Neves, eles disseram ter ficado satisfeitos com o transporte público no dia do réveillon. “Não sei como é aqui, mas lá em Fortaleza eles recolhem a frota mais cedo no dia do réveillon e nós achávamos que aqui acontecia da mesma forma. Então foi uma surpresa chegar e sair do Comércio de ônibus sem enfrentar nenhum problema”, disse Wilker. Em Salvador, ele diz ter estranhado o horário de funcionamento das lojas no Pelourinho. “A gente chegou cedo aqui, já estamos indo embora e muitas não abriram as portas ainda”, concluiu.Já o engenheiro de alimentos Tiago Albuquerque elogiou o policiamento no Centro Histórico. “Dá uma sensação grande de segurança”, pontuou. Quem concordou com ele foi a argentina Lidia Bloonfeld. Em férias com a família, ela destacou a presença constante de policiais no Centro Histórico e a amabilidade do soteropolitano. “Tenho uma pequena queixa em relação aos serviços prestados aqui, principalmente no quesito agilidade”, afirmou, logo sendo alertada pelo guia turístico de que se trata de uma questão cultural. 
Fonte - Tribuna da Bahia  03/01/2014

Comentário Pregopontocom :
A verdade é que a cidade de Salvador que diz ter uma vocação para o turismo esta longe de saber aproveitar esse potencial natural,investindo na sua infraestrutura urbana,no transporte público de qualidade, na melhoria da prestação de serviços públicos e privados,no treinamento de uma mão de obra qualificada para o setor de turismo,na limpeza da cidade,na sua organização,na implantação de um sistema de informação visual e eletrônico para melhor informar e orientar os visitantes que por aqui passam,a "mina" esta ai, é só sabe usa-la  e explora-la de maneira inteligente e racional......

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