quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Regata João das Botas preserva tradição dos saveiros

Saveiros

TB
foto - ilustração
Imortalizados nos romances do escritor Jorge Amado e nos versos do compositor Dorival Caymmi, os saveiros da Bahia resistem ao tempo e aos avanços tecnológicos. Até a década de 1940, os saveiros eram o principal meio de transporte no Recôncavo baiano, responsáveis por quase 90% do abastecimento da capital. Nesta época mais de mil embarcações cruzavam o mar da Baía de Todos os Santos.
Organizada pelo Comando do 2º Distrito Naval, através da Capitania dos Portos da Bahia (CPBA) e com patrocínio da Braskem, a competição realiza sua 42ª edição neste domingo, dia 26, com largada da praia do Porto da Barra, a partir das 13h. A regata segue até próximo da Ilha de Itaparica, prossegue para a Cidade Baixa e retorna ao ponto de início.
Em 1969, o Comando do 2º Distrito Naval (Com2ºDN), por intermédio da Capitania dos Portos da Bahia (CPBA) resolveu organizar uma regata de saveiros para que a população pudesse apreciar o belo espetáculo das velas ao mar. Em 1972, a Regata recebeu como patrono o Almirante João Francisco de Oliveira Botas, mais conhecido como João das Botas - herói da Guerra da Independência, na Bahia. “O patrocínio de ações e iniciativas culturais faz parte da política de Responsabilidade Social da Braskem. Ao apoiar a Regata João das Botas, temos como objetivo contribuir para a preservação de umas das mais belas tradições náuticas da Bahia, que são os saveiros de vela”, ressalta Emmanuel Lacerda, gerente de relações institucionais da Braskem na Bahia.
O comandante José Antonio Freitas Costa, Capitão de Mar e Guerra e organizador da prova, afirma a importância do patrocínio para a manutenção da Regata. “Graças ao patrocínio da Braskem, que nos permite inclusive ofertar um prêmio em dinheiro para os três primeiros colocados, nos últimos anos temos conseguido manter a maioria dos saveiros não só de vela de içar, como os peneiros, em atividade, buscando manter vivo esse pedaço da nossa gloriosa história”, lembra o comandante.
Mensageiro do Destino
foto - ilustração
Ainda hoje os saveiros despertam o interesse em muitos apaixonados por esse tipo de embarcação, como o administrador carioca Ricardo Vega. Há quatro anos ele sai do Rio de Janeiro, onde mora, e vem a Salvador participar da tradicional Regata João das Botas com o saveiro de vela de içar Mensageiro do Destino.
“Considero os saveiros um dos barcos mais bonitos, apesar da simplicidade e rusticidade dos equipamentos de navegação. Nesse tipo de embarcação o que mais importa é a sensibilidade do mestre em velejar”, afirma Ricardo Vega, que levou nove meses para construir o Mensageiro do Destino, no município de Valença, distante 119 km da capital baiana.
Fonte - Tribuna da Bahia  23/01/2014

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