sexta-feira, 1 de novembro de 2013

DIA DA MOBILIDADE URBANA - Finalmente !!!!

Mobilidade


Graças a uma feliz iniciativa do Vereador Alex da Academia (PDT), a cidade de Osasco passou a contar em seu calendário oficial com o “Dia da Mobilidade Urbana”. Com isso, 31 de outubro passa a ser uma data marcante para Osasco, nada menos que 12º PIB do país, posição que lhe confere projeção no cenário nacional, mas que lhe impõe, proporcionalmente, grande responsabilidade.
O Dia da Mobilidade Urbana, criado pela Lei Municipal 4.570 de 19 de abril de 2013, foi comemorado ontem pela primeira vez, com a realização de uma cerimônia de caráter oficial, às 19 horas, na Sala das Sessões Tiradentes, Câmara Municipal. A sessão, bastante prestigiada pelo público, foi aberta pelo Presidente da Câmara, Vereador Antônio Aparecido Toniolo (PCdoB). Presentes outras importantes autoridades que também prestigiaram o evento, dentre elas, Vicente Abate, presidente da ABIFER (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária) e Everson Paulo dos Santos Craveiro, presidente do SINFERP.
Da esquerda para a direita: Vicente Abate, 
Éverson Paulo dos Santos Craveiro e 
Antonio Aparecido Toniolo.
Durante a sessão, transmitida ao vivo pela TV Osasco, dois palestrantes abordaram temas conexos à mobilidade urbana, enfatizando aspectos preocupantes deste tema e apontando problemas que comprometem a qualidade de vida da maioria dos cidadãos.
Rogério Centofanti
O primeiro a falar foi Rogério Centofanti. Psicólogo e Consultor do SINFERP (Osasco-SP), Rogério coordena o SINFERP Cidadão e edita o São Paulo Trem Jeito. Sua palestra intitulou-se “Mobilidade urbana: um olhar além dos números”, onde a importância do fator humano foi ressaltada. Para Rogério, o acesso à cidade e à plena cidadania só são plenamente atingíveis na medida em que o cidadão possa andar a pé, de maneira confortável e segura, pelas ruas e calçadas. Isso, contudo, não acontece nem mesmo em bairros privilegiados de uma cidade como São Paulo, por exemplo.
Enquanto o leito das ruas recebe manutenção especial, privilegiando os pneus, as calçadas são esburacadas, não são planas, frequentemente são estreitas demais e ainda recebem lixo. É sobre as calçadas que muito material de descarte é abandonado.
A questão é que vivemos numa cidade que se constrói, cada vez mais, pela lógica do automóvel, e é a esta lógica das máquinas que se subordina o cidadão quando caminha. Semáforos e faixas de segurança condicionam o andar a pé não ao conforto e à conveniência dos homens, mas à facilitação da circulação do transporte marcadamente individual e privado, para o qual o coletivo perde cada vez mais lugar. Para Rogério: “Não faz sentido o dinheiro de todos nós bancar a infraestrutura de circulação dos veículos individuais e privados”.
Peter Alouche na tribuna.
O segundo palestrante foi o Dr.Peter L. Alouche. Peter é engenheiro elétrico e foi um dos responsáveis pela estruturação do sistema de alimentação e controle do metrô de São Paulo na década de 70. Atualmente presta consultoria à Headways, SP, uma das maiores autoridades em VLT no Brasil. Sua palestra teve como título “VLT: solução duradoura e sustentável para transporte coletivo”. Numa apresentação brilhante, Peter aponta as vantagens que o VLT oferece em relação a outros meios de transporte. Ele enfatizou ainda que a implantação de qualquer modal deve, antes mesmo de preocupar-se em responder à demanda, levar em conta as questões ambientais. Peter acredita que “é preciso elaborar projetos que ultrapassem as questões políticas e sejam executados independentemente de posições partidárias”. Disse ainda que “nenhum modal vale a pena, quando não é aprovado e aceito pelos que dele necessitam”.
Vereador Alex da Academia 
acompanhado dos palestrantes 
Rogério Centofanti (esq.) e Peter Alouche (dir.).
São Paulo Trem jeito e o SINFERP não estão alheios a esta causa. Mobilidade Urbana é um tema que preocupa e que deve ser acompanhado de perto pela sociedade civil, pelo cidadão consciente de seus deveres e de seus direitos.

A cidade é o lugar onde vive a grande maioria dos homens. É preciso humanizar esta cidade, adequando-a às necessidades humanas e não às mecânicas, sob pena de inviabilizarmos nosso espaço urbano, levando-o a um estado crítico.
Fonte - São Paulo Trem Jeito 01/11/2013

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