sábado, 19 de outubro de 2013

Poluição fatal

Meio Ambiente

DN
foto - ilustração
Quando a mídia internacional concede bastante ênfase aos diversos questionamentos ambientais, relacionados ao futuro da Terra e da vida humana, pesquisa divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) repercute intensamente por sua preocupante conclusão: as crianças são as maiores vítimas da poluição do meio ambiente e estima-se que mais de 40% das doenças causadas pelos agentes poluidores acometam menores até cinco anos de idade.
Recentes estudos demonstram que houve um aumento dramático, no segmento infantil, de novos casos de tumores malignos, asma, alergia, atraso no desenvolvimento mental, distúrbios no desenvolvimento neurológico e até acentuação dos fenômenos físicos causados pela puberdade precoce.
De acordo com os cientistas, as crianças são mais vulneráveis porque, em proporção ao seu peso e tamanho, elas bebem mais água, se alimentam mais e respiram com intensidade maior do que uma pessoa adulta, apresentando ainda, como agravante, uma menor capacidade de eliminar substâncias tóxicas.
Registra o relatório da Organização Mundial de Saúde que, em crianças de até quatro anos, 10% dos óbitos estão relacionados à exposição de elementos poluidores, tanto dentro quanto fora de casa. Milhões de toneladas de poluentes emitidos anualmente, somente no contexto das grandes metrópoles, são responsáveis pelo surgimento de doenças graves no aparelho respiratório de adultos e, principalmente, de menores.
O tema tem sensibilizado bastante a opinião pública, sobretudo os interessados na saudável coexistência entre o meio ambiente e a saúde. Infelizmente, segundo relatam as últimas aferições e pesquisas sobre o problema, os efeitos devastadores da poluição ambiental são indevidamente subestimados em qualquer país do Planeta, mesmo naqueles considerados como detentores de maior nível de civilização.
De modo lamentável, no plano internacional ainda existem injustificáveis resistências contra as medidas recomendadas cientificamente para proteção do meio ambiente, exatamente nos países responsáveis pelas maiores emissões de gases venenosos, tudo sob a discutível alegação de que qualquer tentativa de controle nesse sentido acarretaria sérios prejuízos à economia.
As metrópoles brasileiras estão a caminho de atingir os elevados índices de poluição já registrados em outras metrópoles internacionais. Pelo que vem sendo observado, tem-se que evitar, com inadiável urgência, as insidiosas práticas que conduzem a esses graus de saturação ambiental, tais como a progressiva destruição dos parques e lagoas; a sistemática devastação de áreas verdes; a falta de saneamento em favelas e bairros cada vez mais insalubres da periferia; e o crescente acúmulo de esgotos clandestinos, visíveis a céu aberto, na orla marítima. Todos os citados itens, obviamente, são altamente lesivos à saúde infantil.
Tais fatores se somam, em países menos civilizados, aos habituais problemas atmosféricos de caráter global, enfatizando a evidência da responsabilidade de como devem ser encarados e tratados tais tipos de ameaças, sobretudo nas metrópoles em constante expansão demográfica. Já restam poucas dúvidas de que a ação humana tem provocado impacto direto na elevação das temperaturas, um dos maiores problemas detectados no painel do clima na ONU. O calor vai dissolver o gelo das calotas polares e aumentar o nível do mar, pondo em risco as populações das zonas costeiras.
Fonte -  Diário do Nordeste  19/10/2013

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