quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Mobilidade é o maior problema de Salvador, aponta pesquisa

Mobilidade

Priscila Machado
Adilton Venegeroles | Ag. A TARDE
A av. Tancredo Neves é uma das vias mais movimentadas da capital e apresenta retenções frequentes
Nove em cada 10 pessoas entrevistadas sobre os maiores problemas de infraestrutura de Salvador afirmaram que o trânsito e o transporte são os pontos que mais afligem os soteropolitanos.
O levantamento, realizado pelo Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), ouviu 1.500 pessoas entre os dias 1º e 15 de outubro, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Para o vice-presidente do sindicato na Bahia, Claudemiro Santos Júnior, esses problemas são fruto da falta de um planejamento sério e consistente para a cidade.
Segundo ele, os investimentos em infraestrutura e mobilidade não acompanham o ritmo da expansão vigorosa da indústria automobilística.
Outros fatores, como os incentivos fiscais oferecidos pelo governo federal e a ascensão de uma parcela considerável da população à classe média, também contribuem para o aumento dos engarrafamentos.
Dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) apontam que o número de automóveis em Salvador apresentou um crescimento acumulado de 74,37%, na última década. Na RMS, o aumento foi três vezes maior: 230,32%.
Para o representante do Sinaenco, os impactos poderiam ser menores se grandes projetos para o transporte público saíssem do papel.
Claudemiro acrescenta, ainda, que o metrô de Salvador - iniciado há 13 anos, com trens comprados em 2008 por US$ 100 milhões - custa o dobro do previsto inicialmente. "O projeto consome recursos sem estar em funcionamento", avalia.

Planejamento
O especialista em mobilidade da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Antônio José de Azevedo concorda com a avaliação dos entrevistados. Entretanto, ele não responsabiliza o crescimento da frota pelo caos no trânsito.
Segundo ele, o poder público ainda não investiu como deveria em construção de vias articuladoras para o tráfego, em regiões comprometidas, como vales e morros.
"O crescimento é comum a grandes cidades, como Nova Iorque e Cingapura, o que falta é planejamento e investimento, sobretudo para transporte público", afirma.
Azevedo considera um absurdo a incapacidade dos poderes Legislativo e Judiciário de adotar um PDDU para a cidade. Além disso, o pesquisador relata que o metrô foi mal planejado. "O transporte deveria atender moradores da periferia, mas foi projetado para a Paralela e o Centro", diz.
Moradia ficou em segundo lugar na pesquisa, com 6% dos votos. Esses e outros dados serão divulgados no Seminário De Olho no Futuro: como estará Salvador daqui a 25 anos.
O evento acontece nesta quinta-feira, 31, das 13h30 às 18h, no Hotel Mercure Rio Vermelho, e terá a presença do economista Armando Avena e do secretário de Planejamento do Estado, José Sérgio Gabrielli. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site  (www.olhonofuturo.org.br.)
Fonte - A Tarde  31/10/2013

Um comentário:

  1. É impressionante como boa parte desses Srs."especialistas" tem a capacidade de andar em círculos nas sua eventuais pregações,e sempre de inventar algum jeitinho para preservar de maneira indireta ou camuflada do uso do transporte individual,o automóvel,sempre pregando a construção de mais vias,mais viadutos,cobertura de córregos urbanos,destruição de áreas verdes em áreas de canteiros centrais,aumentando as áreas de impermeabilização do solo, o pedágio urbano,os rodízios e etc.Tudo isso certamente para manter os "automóveis" de alguma maneira circulando nos centro urbanos e dar "privilégios" para o setor de transporte rodoviário,com um alto custo para o setor público e para a cidade,apesar de que dos benefícios para a cidade e sua população, usuária do sistema, sejam inteiramente pífios.O pedágio urbano no nosso entender na verdade não passa de uma medida restritiva,seletiva e excludente,no momento em que se impõe uma cobrança cara para circulação de automóveis nos centros urbanos exclui-se e retira-se apenas aqueles que não tem a capacidade financeira de arcar com esse custo e se dar a luxo de pagar por ele (classe média pra baixo),ou seja, os proprietários menos abastados,permitindo apenas que,"os donos dos carrões de luxo e importados",integrantes da classe média alta continuem circulando tranquilamente nesses locais,pois para eles pagar pelo pedágio não implicara em nenhuma dificuldade de ordem financeira,e não representara um ônus significativo pela comodidade e facilidade de poder continuar trafegando nessas áreas pedagiadas.O rodizio de carros também é uma solução "capenga" que visa apenas facilitar a circulação dos mesmos em dias alternados,sendo que no dia da restrição dos veículos com as placas pares ,por explo,aumenta a circulação dos veículos com as placas impares,e vice e versa,trocam-se números mais os problemas persistem.A solução mais lógica e mais correta é a democratização do transporte público e das ações e projetos direcionados a equacionar os graves problemas da Mobilidade nas grandes cidades,ao invés de pedágios excludentes e dos rodízios ineficazes,se implantar (democraticamente) a proibição total da circulação do transporte individual nas áreas urbanas centrais da cidades nos horários entre as 7:00 h, e as 21:00 h,melhorando o transporte público com a implantação de sistemas com maior capacidade circulando nos grandes centros,com mais conforto,mais segurança, menos poluentes e mais eficazes, os VLTs ou trólebus articulados,e a sua integração física e tarifária com subsistemas alimentadores, complementares e sistemas troncais de transportes de massa.O alargamento,a melhoria do piso, das sinalizações sonoras, horizontal e vertical das calçadas existentes,melhorando a circulação e a acessibilidade para todos os pedestres que fazem uso das mesmas até para suas viagens a pé, favorecendo desse modo também diretamente o comercio local com um impacto positivo relevante.Nesse contexto as bicicletas circulariam livremente sem a necessidade de ciclovias, compartilhando o mesmo espaço com os VLTs,ou Trólebus,observando a sinalização existente e o sentido do fluxo do trafico obrigatório.Apenas seria permitido nesse horário a circulação de carros de "serviços" e moradores do local credenciados e autorizados(com prévia limitação de velocidade).Não podemos esquecer que uma das questões preponderantes e mais relevantes para a Mobilidade Urbana,é o conceito "democrático" que deve fazer parte e pautar todos os projetos a ela destinados,nunca esquecendo o conceito básico que as "CIDADES SÃO PARA PESSOAS". - Veja mais aqui : MOBILIDADE URBANA Soluções Viáveis em Salvador -
    http://pregopontocom.blogspot.com.br/p/mobilidade-urbana-solucoes-viaveis-em.html

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