quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Peritos da ONU não confirmam uso de armas químicas pelo governo sírio

Internacional

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
foto - ilustração
Brasília – A comissão de peritos da Organização das Nações Unidas (ONU), que esteve na Síria para investigar violações aos direitos humanos, relatou hoje (11) que governo e oposição cometeram crimes contra a humanidade e de guerra. No relatório, que abordou o período de 15 de maio a 15 de julho, não há a confirmação de uso de armas químicas, “principalmente pelas forças governamentais".
Antes da divulgação do documento, os Estados Unidos acusavam o governo do presidente Bashar Al Assad de ser responsável pelos ataques químicos. Há dois anos e meio, a Síria vive em clima de confrontos. Mais de 100 mil pessoas morreram e há uma série de denúncias de violações na região.
Porém, os peritos avisam que vão manter as investigações para verificar que produtos foram usados nos ataques químicos. "Baseado nos elementos de prova atualmente disponíveis, não foi possível chegar a uma conclusão quanto aos agentes químicos utilizados, o seu sistema de propagação ou os autores desses atos. As investigações prosseguem", diz o texto.
O relatório critica a ação tanto do governo quanto da oposição na Síria. "As forças governamentais continuam os ataques em larga escala contra as populações civis, cometendo mortes, torturas, violações e desaparecimentos forçados, considerados crimes contra a humanidade", acrescenta o texto da comissão.
Liderada pelo jurista brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, a comissão denuncia igualmente que "as forças antigovernamentais [de oposição] cometeram crimes de guerra, mortes, execuções sumárias, torturas e sequestros". Segundo os peritos, as forças de Assad recuperaram nos últimos meses o controlo de zonas cruciais na Síria.
A divulgação do relatório ocorre às vésperas da reunião de integrantes dos governos dos Estados Unidos e da Rússia, em Genebra (Suíça), para tentar um acordo sobre o acesso às armas químicas por parte da comunidade civil.
Fonte - Agência Brasil  11/09/2013

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