sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Pacientes do Sarah sofrem com mudança de ponto de ônibus

Mobilidade

Teo Henrique
Teo Henrique | Ag. A TARDE
Deficientes têm enfrentado dificuldades para atravessar a passarela do Sarah
Os pacientes do Hospital Sarah Kubitschek, unidade especializada em reabilitação motora, localizada na Avenida Tancredo Neves, têm sofrido com a mudança no tráfego de coletivos promovida pela prefeitura na área há 5 dias. A mudança de pontos de ônibus e a transferência de pelo menos 40% dos 200 veículos que circulavam a cada hora pela avenida obrigou parte dos pacientes a percorrer trajetos maiores e atravessar a passarela que fica próxima ao hospital para chegar à nova parada.
A vendedora Ana Paula Santos, que trabalha numa barraca de lanche próximo ao ponto da via interna da Tancredo Neves, disse, nesta quinta-feira, 5, que aumentou a frequência de pacientes do Hospital Sarah no local, e que os problemas para eles continuam os mesmos que os encontrados na maioria dos pontos de ônibus da cidade. "Muitos cadeirantes e pessoas com muletas precisam andar pela rua, porque a calçada não é cimentada até o ponto e não há espaço para uma cadeira de rodas passar".
Para a presidente da Associação Baiana de Deficientes Físicos (Abadef) Luiza Câmara, a situação é absurda. " O poder público, sabendo que ali é um hospital que atende pessoas com necessidades especiais, não nos procurou para nada, fez a mudança sem pensar nos deficientes que precisam dos ônibus".
A assessoria do Hospital Sarah informou que não pode se pronunciar porque ainda não recebeu nenhuma reclamação dos pacientes sobre a mudança de ponto de ônibus.
Teo Henrique | Ag. A TARDE

A comerciante Ana Paula fala também que a barraca virou uma central de informações, mas que não pode ajudar muito. Apenas entrega o informativo deixado pela Transalvador. "As pessoas vêm perguntar qual ônibus passa aqui, eu apenas entrego ou mostro o folheto. Não posso fazer mais do que isso, porque eu também ainda não me acostumei com a mudança" disse.
Frequentadores dos pontos reclamam da falta de informação. Muitos relatam que as placas instaladas pela Transalvador não são suficientes e não tiram as dúvidas. "As pessoas ainda estão perdidas, mesmo com as placas. E há ônibus que passam aqui e não estão na placa, nem os ambulantes dos pontos podem nos ajudar, porque eles ainda também não sabem", afirma a dona de casa Ivone Santos, que utiliza o ponto todos os dias.
A Transalvador informou por meio de nota que, das 19 linhas cujos trajetos foram modificados, apenas uma parava no ponto do Sarah Kubitschek e, outra, na via marginal defronte ao hospital. O órgão acrescentou ainda que fez ampla divulgação das mudanças e orientou também os cobradores dos coletivos.
Para Janete Raimundo e Meire Souza, que trabalham num call center na região, a mudança não alterou suas rotinas, já que seus ônibus não mudaram de ponto. Elas falam que muitas pessoas ainda estão sem saber onde pegar o transporte e, para algumas, a espera está maior, pois percebem depois que o ônibus que querem passa no outro ponto.
Fonte - A Tarde  05/09/2013

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