quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Dilma assina contrato para implantação da Linha 3 do metrô em Niterói

Política 

Em lançamento de metrô em São Gonçalo, Dilma é aplaudida e Cabral é vaiado
Governador do Rio ironizou: "Apesar de o prefeito organizar protestos, estamos investindo aqui

Jornal do Brasil
Claudia Freitas

Em solenidade em São Gonçalo, a presidenta Dilma Rousseff assinou, na manhã desta quarta-feira (11), um contrato com o governo do Estado do Rio de financiamento para a implantação da Linha 3 do metrô. O governador Sérgio Cabral, que participou do evento, foi vaiado durante seu discurso, e rebateu: "Apesar de o prefeito de São Gonçalo estar organizando protestos contra o governo do Estado, estamos investindo aqui", disse, referindo-se a Neilton Mulim, do PR.
Em determinado momento de seu discurso, quando Cabral citou a ex-prefeita Aparecida Panisset referindo-se ao início do projeto da construção da linha 3, novamente foi intensamente vaiado. O ex-secretário de Obras de São Gonçalo e atual deputado estadual, Márcio Panisset (PDT-RJ), também foi intensamente vaiado. "Neilton, você tem que treinar sua turma para ser mais educada", ironizou Cabral, mais uma vez se referindo ao atual prefeito.
Por sua vez, a presidenta Dilma reforçou em seu discurso a importância da parceria entre os governos federal, do estado e prefeituras. "Na hora de governar, tem que haver cooperação. O governo governa, não disputa. Independentemente de partido, há o interesse da população", destacou.
A solenidade aconteceu no dia seguinte à aprovação na Alerj de projeto de lei que veta o uso de máscaras em manifestações. Um grupo com cerca de 10 integrantes ocupou a frente do Clube Mauá, em São Gonçalo, onde aconteceu o evento, com faixas de protesto: "O povo tem que continuar usando máscaras. Quem tem que tirar são os corruptos". Um dos manifestantes, vestido de gorila, usou um megafone para gritar palavras de ordem.
O governador Sérgio Cabral ressaltou em seu discurso a importância dos investimentos em São Gonçalo, que segundo ele representou 70% total dos votos do estado em favor da sua administração, somente no primeiro turno das últimas eleições. Cabral, em meio às vaias, enumerou os feitos da sua gestão direcionadas para a região, entre eles as cifras de milhões investidos em um Posto do Poupa Tempo, mais um bilhão em rede de água e esgoto e o Programa Renda Melhor, que atende a mais de 30 mil famílias do município.
Ao citar a antiga parceria do governo estadual com a ex-prefeita Aparecida Panisset (PDT), que trouxe melhorias para São Gonçalo, Cabral foi novamente vaiado e deixou o palanque aos gritos dos manifestantes: "União, União, tira o Cabral e o Pezão". 
Com cartaz, moradores agradecem pelo
programa mais Médicos
Mais Médicos
Durante o evento, Dilma destacou ainda do programa Mais Médicos, enfatizando a importância de levar profissionais de saúde aos locais mais carentes. "Em Ipanema e Leblon não faltam médicos, mas sabemos que aqui falta", disse.
Ela destacou que criou o programa porque ouviu a demanda da população. Em discurso, Dilma disse que é obrigação de um governo conhecer as necessidades do povo.
“O governo não pode ser surdo. Um governo tem de ouvir muito. E, além de ouvir, sabemos que o Brasil tem um problema sério na área da saúde. Por isso, nós fizemos o Mais Médicos”, disse a presidenta. Ela foi aplaudida ao final do seu discurso, e deixou o palanque ao som de "Olê, olê, olá, Dilma, Dilma."
Dilma anuncia outras melhorias para o Rio
A presidente Dilma Rousseff abriu o seu discurso enfocando os avanços do governo federal, como a diminuição do desequilíbrio social e os índices de desemprego, que segundo ela são passos importantes. "Mas precisamos avançar ainda mais, em direção a tudo que podemos ser", completou. Dilma elogiou o capacidade que os governos estaduais têm de atuar em parceria com as suas prefeituras e em sintonia com o governo federal. "No Rio, a parceria foi vitoriosa e mudou a vida da população. O trabalho combinado faz as coisas acontecerem e é o que o governo federal está fazendo, é o que estamos fazendo aqui, estamos compartilhando com os governadores e prefeitos, porque governo coopera e não disputa, como pode naturalmente acontecer durante um período eleitoral. Eu sou presidente de todos", disse Dilma.
Pela primeira vez em São Gonçalo, a presidente da República lembrou que a visita dela aconteceu às vésperas do aniversário do município, 22 de setembro, e trouxe para a população um presente significativo: a Linha 3 do metrô. Dilma garantiu que a segunda fase do empreendimento já é uma realidade e vai chegar até o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), localizado a poucos metros do Clube Mauá. A região metropolitana de Niterói terá total atenção do governo federal, segundo Dilma. Ela ressaltou três números que na sua avaliação representam os investimentos destinados ao local: o tamanho do investimento na fase do projeto, R$2,57 bilhões, que mostra o seu potencial produtivo; os 22 quilômetros de extensão da obra, que vai transformar a mobilidade urbana em São Gonçalo, permitindo as pessoas que tenham acesso ao transporte de primeiro mundo e as 1,8 mil pessoas que serão beneficiadas com o projeto, ganhando mais tempo para ficar com suas famílias. "A mobilidade urbana compõe aqueles cinco pactos que fiz com os governantes, prefeitos, movimentos sociais e com o Congresso", disse.
Além da Linha 3, Dilma Rousseff anunciou também outras mudanças para a cidade do Rio. O município de São Gonçalo vai ganhar também o sistema viário, com corredor expresso, o município de Duque de Caxias será beneficiado com um BRT, no trecho Gramacho e Imbariê e um VLT (Ve ligando Santa Cruz da Serra e o Centro e mais a construção de corredores expressos para os ônibus. Nova Iguaçu também está na lista de investimentos e vai receber dois corredores expressos e as obras de conclusão da sua via expressa, a Via Light, que liga a Baixada Fluminense ao Rio.
Com relação à concepção de transporte no Brasil, Dilma disse que o país "tinha um pensamento muito errado". Nas décadas de 80 e 90, existia a teoria nacional de que o país não era grande o suficiente para investir em transportes de primeiro mundo, como o metrô, monotrilho, BRT e VLT. "A gente só tinha ônibus. Estamos correndo atrás do prejuízo e mudando esse pensamento e aqui em São Gonçalo os avanços devem chegar logo, porque é uma região de alto índice populacional e o erro deve ser corrigido logo, antes que fique grande demais", comentou a presidente.
Obras
A Linha 3 do metrô vai ligar as cidades de São Gonçalo e Niterói, na região metropolitana. O projeto custará mais de R$ 2 bilhões. A União deverá arcar com dois terços desse total, enquanto o governo fluminense será responsável pelo restante.
Inicialmente, a linha terá 14 estações distribuídas em 22 quilômetros e que deverão receber 600 mil passageiros, reduzindo em 40 minutos o tempo de travessia. Em um segundo momento, o trajeto deverá ser estendido até o município de Itaboraí, onde está sendo construído o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um projeto bilionário da Petrobras.
A nova linha, no sistema monotrilho, tem seu início de obras previsto para dezembro, com termino em três anos.
O prefeito Neilton Mulim destacou que a obra da Linha 3 é um sonho esperado e um marco para a melhoria da mobilidade urbana em São Gonçalo. Os investimentos fazem parte do Plano de Mobilidade Urbana do governo federal.
Fonte -  Jornal do Brasil  11/09/2013

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