quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Situação nos pontos de ônibus em Salvador é de calamidade pública

Leidiane Brandão
Tribuna da Bahia
Foto - Romildo de Jesus
Falta de iluminação e cobertura, bancos quebrados, sujeira, mato, teto com rachaduras, ferragens expostas, ausência de rampa de acessibilidade e da placa de sinalização com informações sobre quais as linhas circulam no local. Essa é a atual realidade da maior parte dos pontos de ônibus de Salvador.
A equipe da Tribuna da Bahia percorreu alguns bairros da cidade, constatando a precariedade dos equipamentos. Quem precisa todos os dias utilizar os ônibus da capital enfrenta muitas dificuldades, já que as paradas de ônibus não oferecem nenhum conforto e abrigo, e os usuários chegam a ficar horas debaixo do sol ou de chuva. Muitos pontos também não têm assentos, o que dificulta a vida de grávidas, deficientes físicos, idosos e pessoas com criança de colo.
Em alguns locais da cidade, como na Rua Marquês de Maricá, no Pau Miúdo, a situação é preocupante. Há pelo menos três meses, parte do teto de um dos pontos despencou e até nessa segunda-feira (5/8), a peça não havia sido removida. Os moradores ainda convivem com a falta de iluminação no local, além de toda a calçada está quebrada. “Ficamos apreensivos por medo de o teto cair sobre nós. Por sorte desabou durante a madrugada quando não havia ninguém por perto. Os órgãos responsáveis já foram informados sobre a situação e nada foi feito. Eles só vão retirar o material e consertar o equipamento quando a estrutura cair sobre as pessoas e acontecer uma tragédia. Muita gente já caiu por conta dos buracos no local”, disse a aposentada Dinalva Pereira, 65 anos, moradora do bairro.
Na Mata Escura, a única estrutura que existe está em estado de abandono. Além das ferragens do teto estarem expostas e da falta de iluminação, moradores informaram que quando chove existem goteiras em toda parte. “A situação do equipamento está precária. Como pode uma cidade que vai sediar jogos da Copa do Mundo não oferecer pontos de ônibus de qualidade. Os poderes públicos esquecem que moradores da periferia também pagam impostos. Já sofremos com a precariedade do transporte público, temos que conviver com a precariedade dos pontos de ônibus. Essa realidade precisa mudar”, completou a dona de casa Joelma Santos, 45 anos.
Em nota, a assessoria de imprensa da Superintendência deTrânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), órgão responsável pela implantação e manutenção dos equipamentos, informou que há um projeto para revitalizar os pontos de ônibus até a próxima estação, atendendo, a princípio, prioridades e áreas emergenciais, como Orla, do Abaeté à Barra; Centro Histórico; parques e praças de bairros, a partir das queixas das comunidades recebidas pelo órgão. Ainda de acordo com a Transalvador, até o próximo dia 15, as principais demandas de estrutura de pontos de ônibus, e também de sinalização de vias, estarão sendo levantadas por uma equipe das gerências de Equipamentos Urbanos e de Sinalização. A estimativa é que até o mês de novembro a revitalização dos pontos seja concluída. Após esta fase, outras áreas da cidade serão contempladas.
Segundo o órgão, Salvador tem aproximadamente 3.100 pontos de ônibus. Destes, 688 tem estrutura completa, com cobertura e banco.
Fonte - Tribuna da Bahia  06/08/2013


foto - pregopontocom

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