sábado, 13 de julho de 2013

Rússia dá início à Missão ExoMars

Projeto russo-europeu vai explorar o Planeta Vermelho em 2016 e 2018


Ilustração do Consórcio Aeroespacial Lavochkin mostra etapas do Projeto ExoMars

Começou na Rússia a execução do projeto conjunto russo-europeu ExoMars, que visa ao envio de naves de pesquisa para Marte em 2016 e 2018. A complexa missão foi confiada a uma equipe especial do Consórcio Aeroespacial Lavochkin, e as questões relativas ao projeto são discutidas em contato estreito com os especialistas europeus.
A missão ExoMars começou inicialmente como uma operação americano-europeia, tendo a NASA prometido fornecer dois foguetes pesados Atlas-5 para a sua realização. Mas, no outono de 2011, ficou claro que o fornecimento de foguetes se deparava com problemas. Então, a Agência Espacial Europeia convidou a Rússia a participar do projeto, na qualidade de terceiro participante. Pouco tempo depois, a NASA abandonou por completo o projeto, pois estava inteiramente empenhada na preparação do jipe-robô marciano Curiosity. A Rússia, então, declarou que iria aderir à missão e fornecer os foguetes Proton somente se o programa científico fosse conjunto. As condições foram aceitas, e desde então o ExoMars é um a operação russo-europeia.
"O Projeto ExoMars compreende duas etapas, com as partidas marcadas para os anos de 2016 e 2018”, diz o diretor do Instituto de Pesquisas Cósmicas da Academia de Ciências da Rússia, Lev Zeleny . “ Em 2016, a participação da Rússia vai reduzir-se ao fornecimento do foguete Proton e do conteúdo do veículo orbital europeu Trace Gas Orbiter (TGO), destinado a pesquisar os vestígios de gases na atmosfera de Marte. No TGO serão instalados dois conjuntos de aparelhagem russa: o detector de nêutrons Frend, destinado a estudar a distribuição da água sobre a superfície de Marte, e um grande bloco de aparelhos para o estudo da composição espectral da atmosfera."
A segunda etapa, o lançamento em 2018, será muito mais complicada, comenta Lev Zeleny: "A Rússia fornecerá novamente o foguete Proton. Além disso, ela vai produzir a plataforma de pouso, utilizada para o transporte do veículo marciano Pasteur, que terá uma sonda capaz de perfurar poços de até dois metros de profundidade. A tarefa da Rússia não vai reduzir-se ao transporte: ela vai participar também do programa científico. Mas o mais importante é que nesta plataforma será instalado um conjunto de aparelhos russos."
A experiência do projeto ExoMars e das missões russas à Lua, marcadas para 2015-2016, permitirá diminuir o risco de realização do segundo envio de um satélite para Fobos, o satélite de Marte. A Rússia espera lançar uma versão mais leve da cosmonave Phobos-Grunt no período de 2022 a 2025.
Fonte - Diário da Russia  13/07/2013

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