domingo, 9 de junho de 2013

MOBILIDADE - O futuro está aqui, é apenas mal distribuído

Mobilidade

O futuro está aqui, é apenas mal distribuído: mobilidade e transporte público são tema de sessão paralela na New Cities Summit 2013.Jornadas de trabalho flexíveis, não concentração de empresas na mesma região, leis mais rígidas, informações conectadas de diferentes modais, e compartilhamento de bicicletas e de veículos são algumas das soluções apontadas pelos palestrantes.

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As discussões sobre transporte público e mobilidade urbana foram o tema da sessão The Future of Urban Mobility, que fez parte da programação do New Cities Summit 2013, em São Paulo. Moderado por Susan Shaheen, pesquisadora da Universidade da Califórnia, o debate apontou problemas e alternativas não apenas sobre assuntos de infraestrutura e meios de transporte, como também sobre questões comportamentais da população.
Para Carlos Aranha, executivo do Google Brasil, por exemplo, é preciso conscientizar tanto motoristas quanto pedestres a respeitar os limites no trânsito. Mas para isso, ele não acredita em campanhas. "Não podemos só pedir, temos de fazer leis mais duras", disse. Carlos ainda afirmou que as preocupações sobre mobilidade deveriam estar voltadas para formas de diminuir as distâncias e a necessidade das pessoas de se mobilizar. Nesse sentido, aponta a importância das empresas, cujas jornadas de trabalho são responsáveis pela grande demanda de deslocamentos diários.
MarySue Barret, presidente do Conselho de Planejamento Metropolitano de Chicago, concordou e acrescentou que as companhias deveriam se distribuir de forma menos centralizada nas cidades. Para ela, no entanto, a questão do deslocamento vai além da rotina de trabalho. "A necessidade de criar conexões continua crescendo", explicou.
Segundo Tania Conte Cosentino, presidente da Schneider Electric na América do Sul, o planejamento de transportes deve começar pela infraestrutura, o que não significa a construção de rodovias e túneis. "É preciso agregar inteligência no sistema". Tania sugeriu a implementação de um sistema integrado, em que informações personalizadas e diferentes modais fossem conectados e interligados.
Na opinião de Eduardo Saccaro, diretor da Bombardier Transportation, além dos transportes, também é preciso investir na restauração dos meios de acesso ao sistema. "Não consigo enxergar um bom exemplo de calçada em São Paulo", exemplificou Eduardo, que apontou como ponto positivo a separação do espaço para carros e transporte público, nos chamados corredores de ônibus.
Para Romi Roy, vice-diretora de uma unidade do Centro de Planejamento e Engenharia de Trânsito e Infraestrutura de Transporte (UTTIPEC) em Deli, na Índia, o mais importante é focar na igualdade no transporte público. De acordo com ela, a população utiliza os meios de transporte, mas não tem voz de tomar decisões a respeito de temas urbanos.
No encerramento da palestra, Susan citou como a grande aposta para o futuro da mobilidade urbana os sistemas de compartilhamento, tanto de bicicletas quanto de carros e caronas. O conceito, que ela chamou de Economia do Compartilhamento, já existe em muitas cidades, inclusive em São Paulo, o que indica que não estamos tão distantes de um modelo de transporte e mobilidade eficaz. Parafraseado o escritor William Gibson, Susan afirmou: "O futuro está aqui, é apenas mal distribuído".
Fonte - São Paulo Trem Jeito 09/06/2013

COMENTÁRIO Pregopontocom

Eu que não sou nenhum especialista e longe de mim tal pretensão (imagine se fosse),venho repetindo,"repetidas vezes",que além de um sistema de transportes inteligente com integração física e tarifária,onde modais de transportes de massa de alta e média capacidade sobre trilhos,seja a espinha dorsal de sistemas de mobilidade,complementados com sub-sistemas alimentadores (ônibus,vans,automóveis,motocicletas,táxis,"bicicletas",viagens a pé,e sistemas horizontais/verticais "elevadores/funiculaires",e teleféricos),além de se encarar de uma vez por todas a dura  realidade de que tudo de ruim na mobilidade que hoje existe no país, deve-se unica e exclusivamente a falta de bons projetos e de planejamento dos governos ao longo dos anos nas cidades brasileiras,além da obcecada e errônea opção rodoviarísta adotada pelos mesmos a décadas correntes.Um planejamento em conjunto que possibilite as pessoas diminuírem as grandes distâncias percorridas entre suas casas e o trabalho,e um grave problema causado pela falta de infraestrutura em grandes e populosos bairros como, "escolas creches,hospitais,postos médicos,comercio,serviços públicos diversos",que interferem negativamente em toda conjuntura da mobilidade urbana em uma cidade,quando a concentração desses serviços em poucos locais,obriga a população diariamente a fazer grandes deslocamentos em busca dos mesmos.Isso é um fato,e essa realidade que já existe a muito tempo vem se agravando dia a dia,e para corrigi-lo é preciso começar a criar soluções duradouras,o que nunca foi feito,com PLANEJAMENTO e projetos para médio e longo prazo,e que também resulte em ações positivas com resultados significativos na atual conjuntural.Isso se dará através de uma reformulação drástica nos atuais sistemas de transportes onde aos trilhos caberá o papel mais importante e mais pesado,(inclusive contribuindo com a diminuição da poluição ambiental) articulado e integrado aos demais sistemas complementares e alimentadores,entre eles a bicicleta,que ao contrário do que tentam vender transferindo para a mesma o peso da responsabilidade que não lhe cabe sozinha,apesar de todas as vantagens de ser ecologicamente correta,barata,ainda assim é também um transporte individual sobre pneus e com limitações.A ela sem duvida cabe um papel importante como um sistema alimentador,complementar,ou direto para curtas distâncias e não o peso de resolver ou concertar erros graves cometidos ao longo de décadas.

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