sábado, 22 de junho de 2013

Manifestantes de Salvador se dividem

Manifestações

Poucos manifestantes se concentraram no Iguatemi.Um grupo resolveu sair do Iguatemi em direção à Arena Fonte Nova; outro, se concentrou no Campo Grande. Com isso, um número pequeno de manifestantes se reuniu na região do shopping.

TB

Um veículo da Defensoria Pública companhava os manifestantes, que eram monitorados, também, por helicópteros da PM e, em solo, por policiais.
No Campo Grande, um grupo se reuniu, às 15h20, para discutir que caminho seria seguido pela passeata. As alternativas eram a Arena Fonte Nova ou a região do Iguatemi. Às 15h27 eles começam a se deslocar para a Avenida Vasco da Gama.
Policiais dos grupamentos de Choque e da Caatinga postaram-se no cruzamento entre as avenidas Vasco da Gama e Garibaldi.
Entre os grupos de manifestantes, a orientação era a de impedir a participação de pessoas com o rosto coberto. "Quem se esconde quer vandalizar", diziam mensagens passadas de um grupo para o outro, via redes sociais.
Cordão de isolamento do Dique do Tororó
No Lucaia foram montadas 4 barreiras de policiais. Houve confronto de manifestantes com a Polícia Militar na entrada do Dique do Tororó, a cerca de um quilômetro da Fonte Nova. Em um número mais reduzido em relação à última passeata, realizada na sexta-feira, os manifestantes chegaram ao bloqueio policial e foi lá que tudo começou.
Alguns tentaram dialogar com a polícia, outros tentavam passar pelo cerco, mas, no momento que um manifestante arremessou um rojão em direção aos policiais, veio o troco. Muitas bombas de gás lacrimogêneo foram atiradas na direção dos participantes do protesto, houve grande pânico e correria.
Aos poucos, a polícia foi fazendo os manifestantes recuarem e a situação ficou tensa nos arredores da Fonte Nova, onde o Brasil enfrentava a Itália. Vândalos tentaram depredar uma revenda de veículos.
Houve confronto também na região do Iguatemi. A polícia atirou com balas de borracha e lançou bombas de efeito moral. Muitos manifestantes tentaram se proteger no interior do shopping center. Muitos tiros foram disparados e a região ficou completamente tomada por nuvens de gás.
Grande quantidade de policiais foi mobilizada, inclusive a cavalaria, com apoio de helicópteros. O Iguatemi virou uma praça de guerra.

Várias garrafas contendo gasolina, álcool, luvas, máscaras de gás, estilingues, bolas de gude e panfletos contendo ofensas a autoridades foram apreendidos por uma guarnição da Polícia Militar em poder de três participantes da manifestação que ocorria em frente à Biblioteca Pública, nos Barris. Hebert Rodrigues Lima, de 22 anos, e Caíque Matos Amorim, 20, além de um adolescente de 17 anos, foram conduzidos à 7ª Delegacia Territorial (DT), no Rio Vermelho.
Segundo a delegada Jussara Souza, titular da DT/Rio Vermelho, o material inflamável estava na mochila do adolescente que assumiu a posse dos artefatos. Ouvido na Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), em Brotas, ele foi autuado por ato infracional equivalente aos crimes de vandalismo e danos ao patrimônio. O adolescente foi encaminhado ao Ministério Público.
Já os dois adultos, que negaram relação com os artefatos, vão responder por corrupção de menor e podem pegar até quatro anos de prisão. O crime é afiançável. Em depoimento à delegada Jussara Souza, da 7ª DT, Hebert e Caíque negaram qualquer relação com os coquetéis molotov ou responsabilidade sobre os panfletos, alegando que o material informativo havia sido recebido de um grupo que o distribuía durante a manifestação.
Outros dois manifestantes foram flagrados tentando assaltar uma loja de calçados na Avenida Sete de Setembro, sendo conduzidos para a 14ª Delegacia (Barra).
Fonte - Tribuna da Bahia  22/06/2013

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