PALESTINA

ENTENDA O QUE FOI A NAKBA, A CATÁSTROFE DO POVO PALESTINO - Link para a matéria da Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/entenda-o-que-foi-nakba-catastrofe-do-povo-palestino

sábado, 18 de maio de 2013

Importância dos países do BRICS segue em alta

Escolha de Roberto Azevêdo para a presidência da OMC foi mais um importante passo para o grupo

Pela primeira vez desde a criação da Organização Mundial do Comércio (OMC), um membro dos países do grupo BRICS estará à frente da entidade, o Embaixador Roberto Azevêdo, do Brasil. A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, comemorou a escolha do diplomata para dirigir o organismo, afirmando que, devido à sua experiência e ao seu comprometimento, ele será capaz de conduzir a OMC em direção a uma ordem econômica mundial mais justa e dinâmica.
Roberto Azevêdo representa o Brasil na Organização Mundial do Comércio desde 2008 e, a partir de 1º de setembro deste ano, será o sucessor do atual diretor, o francês Pascal Lamy cujo mandato se encerra em 31 de agosto. O diplomata brasileiro derrotou o candidato rival, o ex-Ministro do Comércio do México, Hermínio Blanco. Sua por parte dos representantes dos 159 países membros do organismo terá um impacto muito forte sobre o enfoque político da OMC.
Com a investidura de Roberto Azevêdo, os países em desenvolvimento, liderados pelos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) terão uma oportunidade de ouro para se pronunciar sobre questões polêmicas relacionadas à agricultura e aos subsídios, problemas estes que continuam sem soluções devido à polarização entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Estes problemas se arrastam desde a chamada Rodada de Doha realizada pela OMC em 2001.
Antes da escolha de Roberto Azevêdo, a União Europeia havia expressado apoio a Hermínio Blanco. Porém, Estados Unidos e Canadá, parceiros do México no Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), não se manifestaram.
Egito continua sonhando em entrar para o Grupo dos BRICS: 
Quando ainda se discutia a sucessão de Pascal Lamy na Organização Mundial do Comércio, um fato agitou a pauta de discussões dos BRICS, o desejo do Presidente do Egito, Mohammed Mursi, em aderir ao grupo. A proposta foi confirmada pelo próprio chefe de Estado egípcio à Dilma Rousseff durante sua visita ao Brasil. Ele disse que fortaleceu esta ideia ao assistir à reunião de cúpula do quinteto em Durban, na África do Sul, em março deste ano. A partir daquele encontro, começou a trabalhar com esta possibilidade e chegou a sugerir que, com a admissão do Egito, o grupo alteraria a sua denominação para E-BRICS.
Formalmente, os países do grupo consolidaram a sua atuação em bloco em 2009, durante a reunião de cúpula realizada em Ekaterinburgo na Rússia. Dois anos depois, em 2011, a convite do então Presidente e hoje Primeiro-Ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, a África do Sul foi admitida no Grupo.
Para muitos teóricos, a entrada do Egito no grupo deve ser considerada pelo BRICS. Mesmo ainda se recuperando da crise política que emergiu em 2011 e provocou a renúncia do então Presidente e hoje prisioneiro Hosni Mubarak, o Egito tem um considerável peso político não só na África como também no Oriente Médio, especialmente no que diz respeito ao relacionamento dos países árabes com Israel.
Estes teóricos também entendem que apesar de continuar às voltas com uma crise econômica, o Egito poderá se transformar numa potência econômica da África. Por isso, os analistas entendem que os cinco países do BRICS devem analisar minuciosamente a proposta do Egito de aderir ao grupo. As chances da relação custo-benefício se tornarem positivas são concretas e isto tem de ser levado em conta pelos governantes das nações do quinteto.
Banco de Desenvolvimento dos BRICS ganha estrutura: 
Também está ganhando relevância a ideia da criação do Banco de Desenvolvimento dos BRICS. A iniciativa foi proposta pelo Ministro das Finanças da Índia, P. Chidambaram, na reunião de cúpula de Nova Déli, em março de 2012, debatida em março deste ano em Durban e voltará a ser analisada na próxima reunião do grupo em março de 2014, no Brasil. Os planos são de que, até o encontro seguinte, em 2015, na Rússia, tudo esteja definido.
O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, disse em Durban que é preciso apressar três definições: a cidade sede do Banco de Desenvolvimento dos BRICS, o valor do capital social e de quanto será a competência financeira de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul na composição nova instituição.
Ao participar do Fórum Econômico Mundial sobre a África, há algumas semanas, Jacob Zuma citou como foi importante para a África do Sul ter passado a fazer parte do BRICS. Segundo o presidente, este fato aumentou a importância política e econômica do país e o que passou a representar para Brasil, Rússia, Índia e China a porta de entrada para o continente africano, que conta com mais de um bilhão de habitantes.
Os cinco países do BRICS reúnem hoje 40% da população mundial e representam 25% do PIB de toda a Terra. Por isso, a ascensão de um dos seus representantes na OMC fortalecerá a voz dos países em desenvolvimento e ajudará a dar uma nova forma à ordem econômica mundial que se encontra em constante evolução.
Fonte - Diário da Russia 17/05/2013

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