quinta-feira, 4 de abril de 2013

Wagner e Neto tentam mais uma vez fazer o metrô de Salvador funcionar

Mobilidade

Pelos últimos pronunciamentos públicos dos chefes dos Executivos estadual e municipal, o entendimento caminha para acontecer a partir de uma nova proposta para a integração dos sistemas metroviário e rodoviário, até então grande obstáculo para a transmissão definitiva do metrô para o controle do governo da Bahia.

Fernando Duarte - TB
Foto - ilustração
Diante da imprevisibilidade de uma solução para o impasse entre a prefeitura de Salvador e o governo da Bahia na questão do metrô da capital baiana, a seção Bahia da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) emitiu nota crítica à falta de entendimento entre as instâncias governamentais.
De acordo com a entidade, “o maior prejudicado com a situação é, sem dúvida, o trabalhador”. Segundo as assessorias dos Palácios Thomé de Souza e Ondina, a reunião para definir o funcionamento do metrô vai acontecer hoje, às 13h30, na Governadoria.
A previsão inicial era para o encontro ser realizado nessa quarta-feira (3/4), porém, a posse do novo ministro dos Transportes, o baiano César Borges (PR), prorrogou a estadia do governador Jaques Wagner em Brasília e houve choque de agendas. Diante do impedimento, a dificuldade era encontrar compatibilidade de horários de Wagner e do prefeito ACM Neto.
Pelos últimos pronunciamentos públicos dos chefes dos Executivos estadual e municipal, o entendimento caminha para acontecer a partir de uma nova proposta para a integração dos sistemas metroviário e rodoviário, até então grande obstáculo para a transmissão definitiva do metrô para o controle do governo da Bahia.
De acordo com a nota encaminhada pela CTB à imprensa, a demora para finalização do projeto, que já dura 13 anos, mostra que “Salvador parece parada no tempo, impondo a sua população a humilhação de conviver com um trânsito caótico, ônibus sucateados, lotados, atrasos nas linhas e congestionamentos diários, que consomem a qualidade de vida do trabalhador”.
“Dos 12 quilômetros do projeto inicial apenas 6 foram construídos ao custo de cerca de R$ 700 milhões. As composições e os 24 vagões adquiridos em 2008, por R$ 100 milhões, estão em galpões sendo sucateados. Um desrespeito com o dinheiro público”, critica a central sindical.
Por enquanto, o debate sobre o funcionamento do modal acontece entre a prefeitura e o governo estadual. As propostas apresentadas até então divergem no sistema de alimentação do metrô, que para a prefeitura deveria ser totalmente integrado ao sistema regular de ônibus urbano e para o governo o melhor caminho seria a criação de linhas exclusivas para dar vazão aos passageiros de ambos os sistemas.
Para o público, o clima que pareceu tenso com declarações de representantes do Palácio de Ondina, aparentemente teve um arrefecimento natural com o adiamento da decisão final.
Entre os pontos criticados pela CTB estão justamente as supostas motivações para o atual impasse, sugerido nos bastidores como pressão de grupos empresariais. “A decisão não pode atender interesses meramente comerciais ou políticos, mas sim o interesse do cidadão que exige a escolha da solução que menos onere a tarifa”, defende a nota.
Fonte - Tribuna da Bahia 04/04/2013

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