quinta-feira, 18 de abril de 2013

Temporal provoca alagamentos e destruição em Salvador

Foto: Reginaldo Ipê
Ressaca quebra parte de praça na Pituba

Tiago Nunes - TB
A forte ressaca levou parte da Praça Wilson Lins, na Pituba. O mar pôs abaixo boa extensão da ciclovia, bem como danificou uma quadra esportiva, além de arrastar bancos de cimento


A forte ressaca que atingiu as praias de Salvador na madrugada dessa quarta-feira (17/4) provocou estragos em parte da orla marítima da cidade. A força das ondas destruiu todo o entorno da Praça Wilson Lins (antigo Clube Português), no bairro Pituba. Todo o perímetro segue desprotegido oferecendo risco iminente à população, pois, a qualquer momento, demais porções do equipamento podem ruir.
A água invadiu a orla e a mureta não resistiu às ondas de mais de dois metros de altura. Toneladas de concreto foram reviradas com o avanço do mar. O local - que é destinado à pratica esportiva e lazer - teve parte de uma ciclovia, reservada às crianças, destruída pelas correntes da maré.
A força das águas também provocou rachaduras em uma quadra. Ao menos três coqueiros correm risco de cair. “Os coqueiros estão prestes a cair. As raízes já estão expostas. As árvores já estão em declive”, disse o repórter fotográfico Reginaldo Ipê, que registrou o ocorrido. A curta faixa de areia foi tomada pela maré causando dificuldades para as pessoas caminharem pela parte da praia. Toneladas de pedras e concretos dos bancos da praça foram parar na praia.
Sem proteção natural, a terra segue deslizando. Até as 19h, a área afetada pela ressaca não havia sido interditada. A equipe de reportagem da Tribuna tentou entrar em contato com a prefeitura para obter informações sobre plano emergencial de contenção, mas não teve sucesso. Pedestres e frequentadores da praça estão preocupados. Segundo eles, caso haja nova ressaca, há o risco de metade do local ser destruído.

Alagamentos
A chuva que caiu em algumas áreas de Salvador no final da manhã dessa quarta-feira (17/4) causou transtornos no trânsito, segundo a Transalvador. A Avenida Paralela ficou engarrafada nos dois sentidos, principalmente na região do bairro Imbuí, por causa dos pontos de alagamentos na via. Ainda de acordo com o órgão, a Rua Pedro Ribeiro, no Jardim de Alah, também ficou alagada e teve o tráfego de veículos afetado. Por volta das 14h, a situação permanecia complicada nestes locais, segundo a Transalvador.

A Defesa Civil registrou até as 14h15, 13 ocorrências, sendo três alagamentos de áreas, um alagamento de imóvel, duas ameaças de desabamento, três ameaças de deslizamento, dois deslizamentos de terra e duas orientações técnicas. A Codesal atende a população pelo 199. Numa invasão que fica nos fundos do bairro Doron, os moradores da localidade sofreram com o alagamento, pois as casas foram construídas ao lado de uma lagoa que tem na região, e que sempre transborda quando chove mais forte.
Segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Cláudia Valéria, o índice pluviométrico que caiu nesta quarta-feira, de 0,4 mm, é considerado baixo. Sendo que esse registro foi feito na região do bairro de Ondina, onde não choveu muito. Nas outras áreas, onde a chuva caiu mais forte, o Inmet não tem registro. Ainda segundo a meteorologista, o motivo dessa forte chuva em alguns lugares da cidade seria uma passagem de uma frente fria pelo litoral da Bahia. A previsão é que Salvador continue com chuvas isoladas até domingo (21). Ainda segundo Valéria, o período chuvoso no estado vai de abril até junho.
A previsão é de que a chuva continue durante hoje na capital baiana. Mas não há previsão de temporais, embora possa ocorrer maior precipitação em pontos isolados, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Segundo o órgão, a chuva fraca continuará a atingir até a noite desta quinta-feira, que tem previsão de temperatura máxima de 31°C, segundo a empresa Climatempo. A mínima será de 24°C.
Fonte - Tribuna da Bahia 18/04/2013

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