segunda-feira, 11 de março de 2013

Trens de passageiros mais pertos de voltar ao RS

Transportes sobre trilhos

O coordenador da Comissão Especial para o Plano de Revitalização das Ferrovias e Trem Regional da Serra Gaúcha e vice-prefeito de Caxias do Sul, Antonio Feldmann, informa que a audiência pública para a divulgação do estudo quanto ao empreendimento na Serra acontecerá em abril.

Jornal do Comércio

A reativação do transporte ferroviário de passageiros no Rio Grande do Sul está próxima de se tornar realidade. Os estudos sobre as ligações por trens entre os municípios de Caxias do Sul e Bento Gonçalves e entre Pelotas e Rio Grande passarão por fases cruciais nos próximos meses.
O coordenador da Comissão Especial para o Plano de Revitalização das Ferrovias e Trem Regional da Serra Gaúcha e vice-prefeito de Caxias do Sul, Antonio Feldmann, informa que a audiência pública para a divulgação do estudo quanto ao empreendimento na Serra acontecerá em abril. Resta apenas definir o dia. Ele ressalta que será a primeira vez que será apresentado o trabalho de viabilidade técnica realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e contratado pelo Ministério dos Transportes.
“Há uma grande expectativa da comunidade sobre o resultado do levantamento que deve apontar a viabilidade e sugerir o traçado, as condições do transporte, tipos de trem etc”, diz Feldmann. O vice-prefeito salienta que o transporte ferroviário de passageiros é uma bandeira histórica da região e acredita que a retomada na Serra possa sinalizar com uma linha até Porto Alegre.
O vice-prefeito prevê que haverá demanda tanto de turistas quanto de passageiros regulares, moradores da redondeza. Ele argumenta que a região tornou-se uma conurbação, com a aproximação da malha urbana de vários municípios. Feldmann detalha que o próximo passo depois da audiência será elaborar o projeto-executivo. Posteriormente, relata o vice- prefeito, a expectativa é de que o governo federal implante a malha férrea, com recursos do Bndes e do plano de revitalização das ferrovias, e ceda a operação à iniciativa privada. Inicialmente, a perspectiva é de que sejam viabilizados 65 quilômetros de ferrovias entre as duas cidades.
Já entre Pelotas e Rio Grande, deverão ser instalados 52 quilômetros de trilhos. De acordo com informação do Ministério dos Transportes, o estudo sobre esse trecho, que também está sendo elaborado pela UFSC, ficará pronto em julho. O deputado federal Fernando Marroni (PT) diz que recentemente conversou com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira Passos, e ele adiantou que, com os estudos concluídos, a intenção do governo é dar andamento à licitação da concessão.
Marroni afirma que não tem dúvidas quanto à viabilidade econômica, ambiental e técnica do projeto. Ele enfatiza que os alunos das universidades da região e o grande fluxo de trabalhadores, principalmente com o desenvolvimento do polo naval, garantirão demanda para essa rota. Ainda tratando sobre transportes, o parlamentar revela que o ministro informou que em breve deverá ser feito o estudo de viabilidade da travessia a seco de Rio Grande a São José do Norte.
Fonte - São Paulo Trem Jeito 11/03/2013

Um comentário:

  1. Uma das melhores formas de modernizar e atualizar os sistemas de trens de passageiros em locais em que ainda se utilizam da bitola métrica é a implantação de bitola em 1,6 m a exemplo do que acontece nas maiores metrópoles brasileiras, observando, uma foto frontal postada, como destas composições de Salvador-BA, Teresina-PI, Campos do Jordão-SP e o bonde Santa Teresa-RJ em bitola de 1,1 m, e que já sofreram múltiplos descarrilamentos e com mortes, pode se visualizar a desproporção da largura da bitola, 1,0m com relação largura do trem “l”=3,15 m x altura “h”= 4,28 m ( 3,15:1) conforme gabarito, o que faz com que pequenos desníveis na linha férrea provoquem grandes amplitudes, oscilações e instabilidades ao conjunto, podendo esta ser considerada uma bitola obsoleta para esta função, tal situação é comum na maioria das capitais no nordeste, exceto Recife-PE.

    Para que esta tarefa seja executada sem grandes transtornos, inicialmente devem ser planejadas e programadas as substituições dos dormentes que só permitem o assentamento em bitola de 1,0 m por outros em bitola mista, (1,0 + 1,6 m ) preferencialmente de concreto, que tem durabilidade muito superior ~50 anos, principalmente os que possuem selas, para após realizar a mudança, observando que para bitola de 1, 6 m o raio mínimo de curvatura dos trilhos é maior .

    Entendo que deva haver uma uniformização em bitola de 1,6 m para trens suburbanos de passageiros e metro, e um provável TMV- Trens de passageiros convencionais regionais em média velocidade, máximo de 150 km/h no Brasil, e o planejamento com a substituição gradativa nos locais que ainda não as possuem, utilizando composições completas, já com ar condicionado que as concessionárias colocam periodicamente em disponibilidade em cidades como Teresina-PI, Natal-RN, Maceió-AL, João Pessoa-PB, Salvador-BA que ainda as utilizam em bitola métrica, com base comprovada em que regionalmente esta já é a bitola nas principais cidades e capitais do Brasil, ou seja: São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, e Curitiba (projeto), e que os locais que não as possuem, são uma minoria, ou trens turísticos.

    Assim como foi feito em São Paulo, que se recebeu como doação, composições usadas procedentes da Espanha na qual originalmente trafegavam em bitola Ibérica, de 1,667m, e que após a substituição dos truques, (rebitolagem) trafegavam normalmente pelas linhas paulistanas em 1,6 m, com total reaproveitamento dos carros existentes, o mesmo poderá ser feita com estes trens que trafegam nestas cidades do Brasil, lembrando que este é um procedimento relativamente simples, de execução econômica, com grande disponibilidade de truques com motores elétricos de baixo consumo e recuperação de parte da energia elétrica na frenagem no mercado nacional e facilitando a manutenção e expansão dos serviços, uma vez que todas as implantações das vias férreas pela Valec no Norte e Nordeste rumo ao Sul já são nesta bitola.

    Esta será uma forma extremamente econômica e ágil de se flexibilizar, uniformizar, racionalizar e minimizar os estoques de sobressalentes e ativos e a manutenção de trens de passageiros no Brasil.

    Não é só o motor o responsável pelo consumo de energia elétrica em uma composição ferroviária de passageiros, pois além dele temos em menor escala, e não menos importante, o ar condicionado, compressores, iluminação etc, e os truques modernos já possuem motores elétricos de baixo consumo e recuperação cinética de parte da energia elétrica na frenagem, algo que não esta contemplado nesta substituição.

    ResponderExcluir

Obrigado pela sua visita, ajude-nos na divulgação desse Blog
Cidadania não é só um estado de direito é também um estado de espírito