segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

VLT substituirá trem diesel no Recife

Locomotiva perto de sair de cena

DP
Por
Tânia Passos
O trem a diesel que a mais de meio século transporta passageiros do Cabo de Santo Agostinho até a estação do Curado, no Recife, está mais perto de sair de cena. O modelo que tem capacidade para transportar até mil passageiros será substituído pelo Veículo Leve sobre Trilho (VLT) a partir da segunda quinzena de março.
No lugar da velha locomotiva, trens mais rápidos e confortáveis. O VLT, no entanto, tem uma capacidade menor e transporta apenas 600 passageiros por viagem. A principal vantagem do VLT em relação ao trem diesel é justamente a velocidade, que possibilitará um número maior de viagens e de pessoas transportadas.
Embora a operação regular com dois VLTs tenha data prevista para março, o intervalo das viagens não será muito diferente do que acontece hoje. O tempo de espera na estação pelo trem é de 47 a 49 minutos. Já o VLT, o intervalo será de 41 minutos. “Como só existe uma linha não podemos ter dois trens na linha ao mesmo tempo.
Por questão de segurança é preciso esperar que todo o percurso seja concluído”, explicou o diretor de Operações do Metrorec, João Dueire. O tempo de viagem de Cajueiro ao Cabo é feito em 35 minutos pelo trem a díesel e de 25 a 30 minutos no VLT. “O trem díesel, além de ser mais lento tem que fazer a acoplagem da locomotiva toda vez que muda de sentido. O VLT tem direção nos dois sentidos”, revelou Dueire.
Somente com a duplicação da linha, o intervalos das viagens será reduzido para cerca de 12 minutos. “Com a linha duplicada poderemos ter mais trens em circulação. Dispomos de sete VLTs e a linha do Cabo poderá operar com quatro em 2014”, afirmou. Já o percurso Cajueiro até o Curado também terá o trem díesel substituído por um VLT.
Os planos, no entanto, é de prolongar a linha do VLT até o Terminal Integrado de Passageiros (TIP), que já é atendido pelo metrô. “Será uma linha paralela. Quem estiver em Cajueiro Seco não precisará descer na estação Joana Bezerra para seguir viagem até o TIP”, explicou o gerente de operações.
À espera do trem para o Cabo, a estudante Raissa de Oliveira Negrão, 20 anos, já teve oportunidade de fazer o percurso pelo trem a díesel e pelo VLT, que já vinha funcionando nos finais de semana. “Apesar do trem ser mais lento, ele tem uma capacidade maior. Já o VLT, a impressão é que ele fica mais apertado nos horários de pico”, revelou.
Já a dona de casa, Selma Maria da Silva, 38 anos, está otimista. “O trem a díesel é um atraso de vida. Não vejo a hora do VLT ficar de vez”, revelou. Embora esteja saindo da linha regular, o trem díesel vai funcionar como coringa. “Ele poderá ser usado quando algum VLT entrar em manutenção ou pode ser transformado em um trem turístico”, sugeriu Dueire.
O cronograma da operação regular, prevista para março, não deverá ser alterado com o incidente com dois VLTs ocorrido no sábado de carnaval. Na ocasião, o segundo trem que estava acoplado a outro para o abastecimento se desacoplou e bateu na traseira do trem que estava na frente e acabou ficando com a área frontal, também chamada de máscara danificada.
A peça, que é feita de fibra de vidro foi solicitada ao fabricante. “Temos sete VLTS e vamos iniciar a operação com dois. Esse incidente não muda em nada o nosso cronograma”, afirmou Bartolomeu Carvalho, gerente de manutenção do Metrorec.
Fonte - Diário de Pernambuco 22/02/2013

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