PALESTINA

ENTENDA O QUE FOI A NAKBA, A CATÁSTROFE DO POVO PALESTINO - Link para a matéria da Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/entenda-o-que-foi-nakba-catastrofe-do-povo-palestino

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

NÓS os Desocupados

Audiência publica realizada hoje no centro cultural da CMS ( Câmara de Vereadores de SSA) sobre as "contas" do Sr.Prefeito..........como sempre com a grande presença de uma plateia encomendada para aplaudir freneticamente a sua turma e do lado oposto um monte de "desocupados ", eu incluído no meio,e alguns vereadores da oposição para ouvir,replicar,contestar e protestar contra os propalados desmandos cometidos pela atual administração municipal.Da maneira como a turma do João tenta desenhar a atual situação de Salvador a impressão que da para se ter é que vivemos em uma cidade com duas dimensões,uma na qual não temos a capacidade de enxergar e conviver,onde para eles tudo vai muito bem e a nossa cidade é um verdadeiro paraíso. A outra dimensão,a real em que vivemos,onde tropeçamos em buracos,desviamos do lixo pelas ruas,fritamos impacientemente nos engarrafamentos,onde não temos um transporte digno,um atendimento de saúde sequer perto do razoável,onde faltam escolas funcionando, a periferia totalmente esquecida e largada a própria sorte,uma cidade totalmente abandonada,maltratada e delapidada. Uma cidade vitimada pela especulação imobiliária predatória que retalia e loteia a nossa cidade freneticamente,devastando o pouco que nos resta de VERDE,na tentativa de torna-la a cada dia mais e mais um jardim encantado de "concreto" quente sufocante e insuportável, além das "alegrias" proporcionadas a outros interesses econômicos como os ligados ao carnaval,ao lixo e ao caótico sistema de transporte sem licitação a 16 anos.Mais que droga,...parece mesmo é que estamos todos loucos ou dopados e não entendemos que não somos dignos de poder conviver na mesma dimensão das mil maravilhas comandada pela sua "majestade" com o qual eles convivem em plena harmonia e tentam nos convencer que todos nos pobres e ralés súditos estamos muitos degraus abaixo na escala da desigualdade social.Somos mesmo é um bando de malucos degenerados e"DESOCUPADOS",e preferimos sem duvida o atraso,detestamos a cidade onde vivemos e torcemos para que ela afunde de uma vez.Efetivamente não temos a minima noção do que seja ou signifique o sentimento de CIDADANIA e nada,nada mesmo para fazer.E por única, exclusiva e pura falta do que fazer e muito menos para pensar,como um "DESOCUPADO" convicto que sou,então,resolvi escrever aqui, algo sobre o assunto.
Pregopontocom - 29/02/2012

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

COM SUA LICENÇA... "MESTRE"

Dar a volta por cima...

Paulo Ormindo de Azevedo
Foto - Gentemercado 
A situação de abandono e desgoverno a que chegou Salvador tem provocado algumas reflexões mais profundas neste jornal sobre a decadência da cidade. Dentre estas, destaco o artigo de Fredie Didier “Salvador não passa por um bom momento histórico”, no qual o autor identifica uma crise existencial de Salvador e nos convida a refundá-la. Os gravíssimos acontecimentos recentes em Salvador, quando policiais armados pararam a cidade, tomaram a Assembléia, e foram verificados 187 homicídios na RMS, com pelo menos 45 deles com características de execuções, sugerem que a crise não é só de Salvador, mas da Bahia.
Durante doze dias fomos linchados pelos jornais de todo o Brasil e os fatos noticiados em todo o mundo, com exageros nos EE. UU. Dentre os artigos mais duros publicados no sul, provocando irritação nos baianos, estão o de Gilberto Dimenstein “A Bahia é uma mentira” e o de Caetano Veloso “Mentira”. Não cabe aqui discutir de quem é a culpa desta situação. Seguramente de todos nós. Precisamos, sim, entender o que ocorreu e dar a volta por cima.
O declínio da Bahia começou com o golpe militar de 1964 esmagando o movimento cultural iniciado em 1946 por Anísio Teixeira e Edgar Santos, que nos colocou na vanguarda da educação e das artes no país. Por outro lado, a repressão estudantil impediu a formação de novos líderes políticos. Continuamos com os descendentes e afilhados de ex-governadores das décadas de 50 e 60. A exceção é a emergência de lideranças sindicais do PT. Mas com a morte do socialismo-real, acabaram-se as ideologias políticas e quase tudo virou fisiologismo.
Assistimos inertes à venda de nossos bancos. Ficamos reduzidos a apenas três grupos econômicos, dois originários da construção civil, que monopolizam as obras do estado, há anos, e um do interior, de varejo. Perdemos o cacau por falta de fiscalização fitossanitária e as novas culturas, como a soja, saem por outros estados, situação que o atual governo tenta reverter.
Em 1968, o francês Michael Parent, em missão da UNESCO, disse que Salvador era uma cidade de arte como Toledo. Criou-se o IPAC e tentou-se restaurar o Pelourinho. Mas na mesma época, as terras e serviços públicos municipais foram privatizados. Hoje Salvador é uma cidade dominada pelos cartéis imobiliários, dos transportes e do lixo. O resultado é uma cidade congestionada, travada, suja, violenta e com seu centro histórico esvaziado.
Perdemos, por outro lado, duas editoras, Progresso e Civilização, e importamos livros didáticos de escritores e educadores de outros estados. Nossas faculdades privadas foram vendidas para grupos estrangeiros. No campo da cultura popular e do lazer tudo virou axé e carnaval de aluguel, dentro de currais móveis e camarotes de luxo. As festas de largo foram sepultadas para dar lugar aos carros
Não soubemos aproveitar oportunidades, como a das mídias eletrônicas. Não possuímos um núcleo de software, como Recife, nem gravadoras para os nossos compositores, mas temos uma indústria de CDs e DVDs piratas. Fundamos e perdemos algumas das maiores empresas de publicidade do país. Alguns dirão que é o avanço do capital monopolista e da globalização e que não a nada a fazer. Milton Santos e outros autores defenderam e fatos recentes confirmam que há outra globalização, que pode libertar e não apenas oprimir.
Como reverter esta situação? Não é com campanhas de marketing ou esperando um messias. Toda a sociedade deve se mobilizar politicamente para reconstruir a Bahia e restaurar a nossa auto-estima. Não somos um bando de preguiçosos, gigolôs e vadias como se estereotipou a baianidade.
Sempre nos destacamos na literatura, na musica, nas artes e na publicidade e esta criatividade é a mola do setor terciário superior, o da geração e compartilhamento da informação e da pesquisa tecnológica. É nisso que os países mais desenvolvidos estão investindo. As universidades têm um papel fundamental nessa revolução e precisamos transformá-las em alavancas de desenvolvimento sócio-econômico e não apenas formadoras de mão de obra para o mercado. Saber é poder.
Fonte - A Tarde  26/02/2012

Movimento Desocupa promove debate sobre Salvador

Salvador - O movimento Desocupa promoveu, nesta segunda-feira, a terceira mesa de debates do projeto "A Cidade que queremos", no Teatro Vila Velha, que teve como tema "Salvador merece outra Louos".

Na ocasião, o grupo recolheu assinaturas para uma ação popular que será impetrada na Justiça contra as irregularidades detectadas no contrato assinado entre a Prefeitura de Salvador e a Premium Produções Criações Artísticas Ltda, proprietária do Camarote Salvador que o ocupou área pública durante o Carnaval.

O arquiteto Ícaro Vilaça leu documento em resposta ao prefeito João Henrique, que acusou o grupo de ser um bando de descocupados, e a uma nota publicada no jornal A Tarde, que atribuiu a liderança do movimento a petistas: "Não somos nem liderados por petistas nem desocupados. Desde o início, o movimento Desocupa optou claramente por não ter vinculação com nenhum partido e ficamos surpresos que ainda seja necessário esclarecer isso. A fala leviana do desprefeito, que visa apenas a desqualificação de um movimento legítimo da sociedade civil que tem recebido importantes apoios".

O Desocupa participará da audiência pública sobre as contas da Prefeitura prevista para esta quarta-feira (29), às 9h30min, no Centro Cultural da Câmara, para pressionar os veradores a referendar parecer do Tribunal de Contas do Município (TCM), que rejeitou ascontas de João Henrique referente ao exercício de 2009.

A mesa de debates foi composta por Clímaco Dias (Instituto de Geociências/ UFBA), Daniel Colina (ConCidades/ BA), Marli Carrara (União Nacional por moradia Popular), Nivaldo Andrade (Instituto dos Arquitetos do Brasil – Seção Bahia), Raimundo Nascimento (Rede CAMMPI – Comissão de Articulação e Mobilização dos Moradores da Península de Itapagipe) e Waldir Santos (Movimento Desocupa).
Fonte - Jornal da Midia  27/02/2012